Gisela Hasparyk
1 min readSep 13, 2020

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Flaviana, é um preconceito intenso e tão real... Vivo há 12 anos em Portugal e as situações de preconceito que já vivi aqui são incontáveis. Da minha experiência, sempre que existe um julgamento prévio quando eu abro a boca e sai o meu mineirês bem cantadinho, o preconceito é desfeito em camadas: (1) sou brasileira (2) sou brasileia que imigrou com os pais (3) sou brasileira que vive há muito anos e fez universidade aqui. Somente após eu revelar o 3º fator é que parece existir uma possibilidade de ter uma conversa "ao mesmo nível". Até lá, serei apenas "uma gaja brasileira", "brazukinha", definitivamente, "uma mulher brasileira". Mas cuidado, se dizer que sou casada com um Português e tenho filho português, bem, a dúvida pode pairar novamente no ar. Sigamos, para o rumo da cultura mudar.

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