Suspiro
Há uma voz que pulsa, mas é preciso enterrar o velho para admitir o novo e houveram pontas realmente difíceis de enterrar.
Se há forma bonita de morrer, talvez seja essa ao escrever. Pois no vazio do silêncio, a escrita renasce a cada palavra.
No mais belo dos cenários, talvez este seja o último suspiro de quem um dia, quis apegar-se à imagem de quem não é.
Ou será o primeiro?
Quem desejamos Ser é apenas a linha no horizonte.
Nas quintas da existência, criamos parâmetros para encaixarmo-nos, quando precisamos apenas Ser.
Se escrevesse pelo menos mais do que queria, certamente seria mais perto de quem sou.
Se pudesse expor a minha escrita, viajaria anos-luz para mais perto de quem poderia ser.
A morte é lenta. A alquimia é forte. São anos de experiência que se re-transformam numa nova forma de ser, estar e servir.
Dedico este velho novo Blog a mim, a ti e a todas as pontas soltas mortas e enterradas que adubam a terra dos novos começos.
Que possamos renascer quantas vezes forem precisas e nunca perder a esperança que paira Na Linha do Horizonte.